quarta-feira, 3 de junho de 2020

Por que apresentar a diversidade cultural brasileira para seu pequeno?

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Diversidade cultural brasileira

A diversidade cultural nada mais é do que os diferentes costumes de uma sociedade. De Oiapoque ao Chuí, são mais de 4.175.72 km de distância. Imagina agora o que cabe de diferenças culturais em nosso país? Desde diferenças climáticas, passando por diversas festas, manifestações culturais, comidas típicas, estilos musicais, danças, tradições, vocabulário, expressões, artes… Ufa, quanta coisa diferente! A diversidade cultural brasileira é enorme.

Mas por que é importante apresentar a diversidade cultural brasileira para as crianças?

A UNESCO apresentou uma Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, em 2001. Nessa declaração, alguns objetivos foram traçados. Por exemplo, por meio de políticas públicas e organizações sociais, as pessoas tivessem acesso ao diálogo intercultural, diversidade e inclusão. Assim, é possível construir uma comunidade com pessoas comprometidas com o apoio à diversidade através de gestos verdadeiros e diários. 

A ideia é combater os estereótipos para melhorar o entendimento entre pessoas de diferentes culturas. Nada melhor do que começar esse assunto na infância pois as crianças chegam ao mundo livres de qualquer julgamento ou preconceito.

Literatura em Cordel: símbolo da cultura nordestina

No Brasil, temos diferentes hábitos, costumes e tradições culturais, e em cada um dos Estados estamos recheados de diferenças. No Nordeste, temos algumas festas típicas e manifestações religiosas. Como a lavagem da escadaria do Bonfim, além do Maracatu, da Marujada e da Capoeira. Na literatura, outro ponto muito forte são os cordéis.

Lá no século XVI, espanhóis e portugueses usavam folhas soltas para escrever suas histórias. Com a vinda dos portugueses para o Brasil, a tradição de escrever histórias em pequenos papéis atravessou o Oceano Atlântico e parou em Salvador, na Bahia. Embora a literatura de cordel já existisse na cultura greco-romana, o Brasil tem o gênero reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro. Ainda hoje é ofício e meio de sobrevivência de muitas pessoas.

É possível encontrar esta expressão cultural no Brasil todo – graças à nossa diversidade – mas é uma tradição do povo nordestino, que escrevia, através do imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista sobre os acontecimentos vividos ou imaginados.

Fonte: https://leiturinha.com.br/blog/diversidade-cultural-brasileira-2/

terça-feira, 2 de junho de 2020

Esgotamento Materno: e quando tudo parece pesado demais?

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365 dias, 24 horas e 60 minutos: este é o tempo de dedicação de uma mãe ao seu filho. Mas a vida de uma mãe não se resume única e exclusivamente à rotina de cuidados com a cria. Somam-se ainda os afazeres domésticos e outras atividades fora do lar. No âmbito social, há diversos “papéis” a serem desempenhados: o de mulher, de esposa, de filha, de profissional, de amiga, de vizinha, entre outros. Além disso, a mãe deve lidar com as expectativas relacionadas à maternidade e ao romantismo idealizado durante a gestação. Que passam bem longe da realidade diária materna. É nesse contexto que muitas mães se veem em um estado de esgotamento materno. Mas o que isso significa? E como evitar?

Esgotamento materno, o mommy burnout

Muitas vezes, sem o apoio necessário, este cenário pode desencadear um estado de tensão emocional e estresse crônico provocados pela sobrecarga das tarefas e responsabilidades. É a “síndrome de burnout materno”. O termo “burnout”, numa acepção clínica, sugere um desgaste que danifica aspectos físicos e psicológicos.

No livro Mommy Burnout, a autora Sheryl Ziegler afirma que são altamente destrutivos o estresse e a carga de culpa que as mães carregam por não fazerem mais pelos seus filhos. Sobrecarregadas por inúmeras responsabilidades que parecem não ter fim, as mães vivem além de um limite tolerável de esgotamento. E se deparam com a sensação de fracasso, o isolamento, as dúvidas e a falta de um olhar cuidadoso a si própria, o que muitas vezes comprometem o relacionamento familiar.

Quais os sintomas do esgotamento materno? 

O desgaste e sensação de esgotamento são esperados diante da rotina materna. Entretanto, é importante observar e estar atenta a alguns sintomas, suas intensidades e constância. Os sintomas psicossomáticos aparecem como dores de cabeça frequentes, fadiga crônica, dores nas articulações, insônia e dificuldades gastrointestinais. Ainda, entre os sintomas emocionais estão a depressão, frustração, ansiedade, irritabilidade, que são acentuados por sentimentos de desamparo e desespero, dentre outros.

Cabe destacar que a síndrome de burnout materno pode se manifestar anos após o nascimento de um filho. Um dos fatores consideráveis, são de mulheres que vivem a experiência da maternidade sozinhas, sem o apoio que precisam. Em muitos casos, mesmo casadas e com a família por perto, a rede de suporte se apresenta ineficaz para a mãe.

Reconhecer e buscar ajuda também é cuidar de si

Acolher as expectativas e fantasias acerca da maternidade. Respeitar o seu tempo e possibilidades. Abraçar os seus limites e medos. Estar coerente com o seu modo de maternar, se compreender como protagonista do seu movimento materno e se aceitar como humana, passível de erros e acertos. Tudo isso contribui para o autoconhecimento da mãe nesse período. Porém, quando tudo parecer “pesado demais”, um espaço de fala pode ser bem-vindo, reconhecer e buscar ajuda também é cuidar de si.

Fonte: https://leiturinha.com.br/blog/esgotamento-materno/

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Precisamos falar sobre saúde mental materna

 por Juliana Di Lorenzo


Inúmeras questões ainda são pautadas em discussões quando tratamos de um tema tão abrangente como a saúde mental materna. A expectativa é a de que esta fase seja feita de constantes alegrias relacionadas à experiência de gerar e trazer ao mundo um novo ser. Porém, muitas mulheres relatam ansiedade, tristeza ou culpa, que afetam de forma significativa o estado emocional, psicológico e o bem-estar materno.

Mas, afinal, o que é saúde mental?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de saúde mental é amplo. Uma definição seria: o estado de bem-estar em que o indivíduo está consciente de suas próprias capacidades, pode lidar com o estresse normal da vida, trabalhar de maneira produtiva, e contribuir para sua comunidade. A partir desta compreensão, podemos dizer que este estado de bem-estar também inclui a capacidade do indivíduo de apreciar e estar congruente com sua própria existência.

Por que precisamos falar sobre a saúde mental materna?

Porém, a saúde emocional materna é frequentemente desconsiderada. Muitas gestantes e puérperas que se encontram em estado negativo de bem-estar não são diagnosticadas. Isso faz com que elas percam a possibilidade de tratarem situações que comprometem o desenvolvimento pleno e saudável do período. O que pode, em algum momento, gerar o adoecimento no ciclo gravídico-puerperal.

Dentre estas situações negativas, as mais comuns no período gestacional são a ansiedade e a depressão. No entanto, em muitas vezes esses sintomas são ignorados no acompanhamento do pré-natal e minimizados pela família. Cabe ressaltar que, a ansiedade e depressão gestacional são fatores de risco para a depressão pós-parto e devem receber atenção e tratamento devido.

Adoecimentos mais comuns no pós-parto: 

– A melancolia ou tristeza materna, o Baby Blues, atinge, em grau maior ou menor, 85% das mulheres nas primeiras semanas após o parto. Os sintomas tendem a se dissolver com o passar dos dias, não sendo necessário nenhuma intervenção terapêutica ou psiquiátrica.

– A depressão pós-parto (DPP) é caracterizada pela tristeza prolongada, embotamento, perda de motivação, labilidade emocional, retraimento e isolamento, sensação de incapacidade e de culpa constante. Em alguns casos pode ocorrer episódios maníacos, preocupação excessiva com limpeza, entre outros. É fundamental a avaliação dos fatores de risco e de proteção, que poderão auxiliar na conduta e tratamento adequado.

– Normalmente diagnosticada por episódios maníacos, depressivos ou psicóticos, a psicose puerperal apresenta como sintomas característicos um quadro delirante, alucinatório, grave e agudo, que aparece do segundo dia a 3 meses depois do parto. Atualmente, se observa no CID 10 (Classificação Internacional de Doenças) uma tendência a considerá-la, assim como a Depressão Pós-parto, como um tipo de Transtorno do Humor, iniciada ou precipitada pelo puerpério. Neste caso, a intervenção deve ser imediata.

– Desenvolvido como resposta à exposição frente a um evento traumático, o transtorno de pânico pós-parto (TEPT) pode ocorrer antes mesmo da gestação, durante ou no decorrer do parto. Em situações como: perdas perinatais, morbidades maternas graves, experiências de partos complicados, violência obstétrica, procedimentos invasivos e intervenções no parto, entre outros. Manifesta-se através de sintomas de ansiedade elevada e comportamentos obsessivos-compulsivos, incluindo aqueles dedicados ao bebê, como conferir repetidas vezes se o mesmo está respirando, se está no berço. Enfim, um excesso de proteção generalizado. 

Cuide das grávidas e mães ao seu redor!

Portanto, quando pensamos em acompanhamento às tentantes, gestantes e puérperas é vital que a saúde mental, assim como a saúde física, seja igualmente considerada e investigada. Sendo que o aspecto mais importante da assistência materna é o apoio à mulher. No sentido de promover, junto a ela, estratégias de enfrentamento e possibilidades para lidar com as questões e adoecimentos que comprometam a saúde e bem-estar ao longo da maternidade.

Fonte: https://leiturinha.com.br/blog/saude-mental-materna/

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  Isto é, se a pessoa for livre da fome, livre da ausência da escolaridade, livre da doença sem alternativa, então ela é livre para escolher...