quinta-feira, 16 de abril de 2020

O respeito com a natureza começa a fazer parte das novas gerações

O dom da vida só se encontra com a plenitude, se estiver rodeado e acalentado pelo cuidado. Uma das expressões mais belas do amor reside na capacidade e na criatividade de cuidar. O amor mais intenso, na maior parte das vezes, se estabelece com as pessoas mais íntimas. Porém, o amor à vida, em todas as dimensões, tem crescido significativamente nos últimos tempos. O respeito para com a natureza já começa fazer parte das novas gerações, que estão vindo com outra consciência. A solidariedade tem sido assimilada por um número elevado de pessoas, que passaram a entender que o amor é dinâmico e de mão dupla: quem expressa amor, recebe amor. 

Algumas pessoas se recolhem num disfarçado egoísmo e esperam unicamente serem amadas, sem nenhuma preocupação de retribuir. O amor que não exercita o dar e o receber acaba estagnado. Ninguém ama adequadamente se ficar apenas aguardando para receber, quase sempre sem agradecer. Outro detalhe são as afirmações de que, com o passar dos tempos, o amor perde aquele encanto inicial. Jamais o amor perde o brilho e nunca envelhece. 

Acontece que a rotina tem influenciado demasiadamente os relacionamentos. A falta de maturidade é um risco para o amor. Quem amou profundamente um dia, naturalmente envelhecerá amando. O próprio amor passa por diferentes fases. Por isso, é imaturidade querer que o amor seja tal qual os primeiros tempos, quando ainda estava na fase de descobertas. 

O amor desconhece a acomodação, mas alcança um nível de confiança, de admiração, de parceria que tornam a convivência serena e alegre. O amor não esquece do cuidado até o fim, independentemente da situação existencial. Sim, quem ama cuida para sempre, até o reencontro no céu, pois o céu é o ‘espaço’ reservado aos que sabem verdadeiramente amar. 

Frei Jaime Bettega

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